Todas por uma: as línguas na língua de Guimarães Rosa


Abstract


Abstract – The literary language of Guimarães Rosa appears to reproduce the popular language of Minas Gerais, however within it we can also find cultism, quotes, archaisms, neologisms, calques, linguistic loans, in a mix that seems completely natural. Drawing upon Nilce Sant’Anna Martins’Léxico de Gumarães Rosa (São Paulo, 2001), I will observe a selection of neologisms devised by Rosa that are formed by hexogen elements from foreign languages (old and modern). Furthermore, I will attempt to demonstrate how this phenomenon could stem from the influence that critical reflections on language deriving from linguistic theory and characterizing the hermeneutical practices of the 20th century (from Modernism to neo-vanguards) had on Guimarães.


DOI Code: 10.1285/i22390359v32p247

Keywords: Guimarães Rosa; halogen neologisms; Modernism; Neo-vanguard; language

References


Alves I.M. 1984, A integração dos neologismos por empréstimo ao léxico português, in “Alfa: Revista de Linguística” 28 [1], São Paulo, pp. 119-126.

Alves P. 1992, Para compreender João Guimarães Rosa, in Trigueiros L.F. e Parreira D.L. (eds.), Temas Portugueses Brasileiros, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (Diálogo), Lisboa, pp. 101-116.

Barbieri M.J.P. 2008, A Palavra em Grande Sertão: Veredas, SIMELP, I encontro São Paulo. http://simelp.fflch.usp.br/sites/simelp.fflch.usp.br/files/inlinefiles/S3203.pdf (9.04.2019).

Barros M.G.P. 2011, Estudo do léxico de João Guimarães Rosa na tradução italiana de Grande Sertão: Veredas. Um dicionário bilíngue dos neologismos da obra em português/italiano e italiano/português, Tese de doutoramento, Universidade de São Paulo.

Barros M. de (ed.). 1998, Retrato do artista quando coisa, Record, Rio de Janeiro.

Bonomo D.R. 2010, A biblioteca alemã de João Guimarães Rosa, in “Pandaemonium Germanicum” 7 [16], São Paulo, pp. 155-183.

Campos A. de. 1970a, Um lance de ‘Dês’ do Grande Sertão, in Xisto P., Campos A. de e Campos H. de. (ed.), Guimarães Rosa em três dimensões, Conselho Estadual de Cultura, Comissão de Literatura, São Paulo, pp. 41-70.

Campos H. de. 1970b, A linguagem do Iauaretê, in Xisto P., Campos A. de e Campos H. de. (ed.), Guimarães Rosa em três dimensões, Conselho Estadual de Cultura, Comissão de Literatura, São Paulo, pp. 71-76.

Contini G. 1972, Un Faust brasiliano, in Altri esercizî (1942-1971), Einaudi, Torino, pp. 317-321.

Costa A.L.M. 2006, Veredas de Viator, in “Cadernos de Literatura Brasileira: João Guimarães Rosa” 12 [20-21], São Paulo, pp. 10-58.

Coutinho E.F. (ed.). 1991, Guimarães Rosa e o processo da revitalização da linguagem, in Fortuna Crítica, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, pp. 202-234.

Coutinho E.F. 1994, Guimarães Rosa: um alquimista da palavra, in Rosa J.G., Ficção Completa, 1, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, pp 11-24.

Coutinho E.F. 2017, Uma Ars Poetica Condensada: notas sobre os Prefácios de Tutameia, in “Signo” 42 [74], Santa Cruz do Sul, pp. 31-36. https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/8977 (10.04.2019).

Daniel M.L. 1968, João Guimarães Rosa: travessia literária, José Olympio, Rio de Janeiro, pp. 35-53.

Donnarumma R. 2001, Gadda. Romanzo e pastiche, Palumbo Editore, Palermo.

Durand-Boubal C. 2004, Café de Flore. L'esprit d'un siècle, Fernand Lanore-Littératures, Paris.

Eco U. 1966, Le poetiche di Joyce: dalla “Summa” al “Finnegans Wake”, Bompiani, Milano.

Espadaro M. e Scher A.P. 2013, O papel da morfologia apreciativa na criação lexical na obra de Guimarães Rosa, in “Estudos Linguísticos e Literários” 47, São Paulo, pp. 127-147.

Facó A. 1982, Guimarães Rosa: do ícone ao símbolo, José Olympio, Rio de Janeiro.

Fernandes E.A. 2015, Primeiras estórias: a neologia roseana e os processos de formação de palavras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Fonseca J.C.S. 1971, Nomes de Personagens em Guimarães Rosa. Leitura de Guimarães Rosa à luz do nome dos seus personagens, INIL, Rio de Janeiro.

Garbuglio J.C. 1977, Guimarães Rosa: a gênese de uma obra, in “Revista Iberoamericana” XLIII [98-99], Pittsburg, pp. 183-197.

Gomes J.R.S.C. 2018, A inferência lexical como recurso para a leitura de Guimarães Rosa, in “Revista do GEL” 15 [1], pp. 130-148. https://www.researchgate.net/publication/324785307_A_inferencia_lexical_como e curso_para_a_leitura_de_Guimaraes_Rosa (10.04.2019).

Greenblatt S. et al. 2012, The Northon Anthology English Literature. The TwentiethCentury and after, Northon & Company, New York, pp. 2064-2076, 2276-2480, 2521-2566.

Gusmani R. 2011, Interlinguistica, in Lazzeroni R. (a cura di), Linguistica Storica, Carocci Editore-Studi Superiori, Roma, pp. 87-114.

Jerónimo G.G. 2011, Coraçãomente: pensamento, pensamor: a neologia literária em substância, de Guimarães Rosa, in “A Margem-Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes” 4 [7], Uberlândia, pp. 22-29.

Jerónimo G.G. e Paula M.H. de. 2010, A Produção neológica de Guimarães Rosa em Primeiras Estórias, in “Revista da Pesquisa & Pós-Graduação” 10 [1], pp. 5-11.

Jerónimo G.G. e Paula M.H. de. 2011a, As palavras e seus diversos reflexos: Guimarães Rosa e suas ousadas manipulações em neologismos no conto O espelho, in Anais do II SINALEL, Catalão-Goiás, pp. 340-354.

Jerónimo G.G. e Paula M.H. de 2011b, Caprichosas e ousadas manipulações da gênese inventiva de Guimarães Rosa em Primeiras Estórias, VIII CONPEX, Universidade Federal de Goiás.

Leonel M.C.M. de 1995, A palavra em Guimarães Rosa, in “Revista de Letras” 35, São Paulo, pp. 201-210.

Leonel M.C.M. de 1997, Grande sertão: Veredas: alguns neologismos semânticos, in “Alfa: Revista de Linguística” 41 [1], São Paulo, pp. 79-89.

Lorenz G.W. 1991, Diálogo com Guimarães Rosa, in Coutinho E.F. (ed.), Guimarães Rosa, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, pp. 62-97. http://www.elfikurten.com.br/2011/01/dialogo-com-guimaraes-rosa-entrevista.html (9.04.2019).

Machado A.M. 2013, Recado do nome, Companhia das Letras, São Paulo.

Machado B.F.V. 2011, João Guimarães Rosa: a invenção da linguagem, in “Itinerários – Revista de literatura” 33, Araquara, pp. 233-242.

Martins N.S.A. 2001, O léxico de Guimarães Rosa, Edusp, São Paulo.

Nunes B. 2013. A rosa o que é de Rosa: literatura e filosofia em Guimarães Rosa, Difel, São Paulo.

Oliveira L.W. 2012, Simbolismo sonoro na correspondência de Guimarães Rosa com seus tradutores, Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, pp. 52-79.

Pauliukonis M.A.L. 2011, Os neologismos como ação ilocucionária do sujeito enunciador em um texto literário, in “Revista de Letras” 30 [1], Fortaleza, pp. 143-148.

Pessoa F. 2011, Livro do Desassossego, in Zenith R. (ed.), ASSÍRIO & ALVIM, Lisboa.

Pitanguy L.G.R.P de. 2006, Entrevista: João Guimarães Rosa por Lenice Guimarães Rosa de Paula Pitanguy, in “Germina. Revista de Literatura & Arte” 2 [3]. http://www.germinaliteratura.com.br/pcruzadas_guimaraesrosa_ago2006.htm (13.04.2019).

Pound E. 1970, Cantos, New Directions, New York, trad. it. di De Rachewiltz M. (a cura di) (1985), Mondadori, Milano.

Ramicelli M.E. 2008, A biblioteca literária anglófona de Guimarães Rosa, XI Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras, Interações, Convergências, São Paulo, pp. 1-10.

Riedel D.C. 1962, O Mundo Sonoro de Guimarães Rosa, Tese para Concurso, Instituto de Educação do Estado da Guanabara.

Risso E. 2006, Laborintus di Edoardo Sanguineti: testo e commento, Manni, Lecce.

Rocha L.C.A. de 1982, Considerações sobre o empréstimo em Os Sertões, de Euclides Cunha e em Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, in “Revista do Centro de Estudos Portugueses” 4 [7], UFMG, pp. 57-75.

Rocha L.C.A. de 1998, Guimarães Rosa e a terceira margem da criação lexical, in Mendes L.B. e Oliveira L.C.V. de (ed.), A astúcia das palavras: ensaios sobre Guimarães Rosa, UFMG, Belo Horizonte, pp. 81-100.

Rocha L.C.A. de 2000, Guimarães Rosa: criação lexical, bloqueio e desbloqueio, in Duarte L.P., Veredas de Rosa, 1, PUC Minas, Belo Horizonte, pp. 364-370.

Rodrigues K.G. 2006, De corixos e de veredas: A alegada similitude entre as poéticas de Manoel de Barros e de Guimarães Rosa, Universidade Estadual Paulista, Araraquara.

Rodrigues K.G. e Rodrigues R.R. 2012, A metáfora em Manoel de Barros e Guimarães Rosa, in “Revista Desenredo” 7 [2], pp. 253-273.

Saussure F. de. 1922, Cours de linguistique générale, Edition Payot, Paris, trad. it. di De Mauro T. (1999), Corso di linguistica generale, Editori Laterza, Bari.

Silva A.V.T.A. 2013, A criatividade lexical no discurso literário, in “Entrepalavras” 3 [3], número especial, pp. 8-24.

Sperber S.F. 1976, Caos e cosmos - Leituras de Guimarães Rosa, Livraria Duas Cidades/SCCT, São Paulo.

Stegagno Picchio L. 1997, Storia della letteratura brasiliana, Einaudi Editore, Torino.

Tatasciore E. 2008, Su un commento a Laborintus di Sanguineti, in “Allegoria” 58, Palumbo Editore, Palermo, pp. 188-197.

Valentim L.M. 2017, O galego no léxico de Rosa: veredas, in “Gallæcia. Estudos de lingüística portuguesa e galega”, Santiago de Compostela, pp. 747-763. https://merospapeis.weebly.com/uploads/1/4/9/8/14980228/o_galego_no_léxico_de_rosa_-_veredas__usc_.pdf (10.04.2019).

Villalva A. e Mateus M.H.M. 2008, Morfologia do português, Universidade Aberta, Lisboa.

Dicionários

Castiglioni L. e Mariotti S. (1966), IL – Vocabolario della lingua latina, Loescher, Torino.

Dicionario de la lengua española (2014), 23 ed., Real Academia, Madrid.

Langenscheidt, Redaktion (2017), Taschenwörterbuch italienisch.

Le Littré: dictionnaire de la langue francaise en un volume (2000), Hachette, Paris.

Montanari F. (1995), GI -Vocabolario della lingua greca, Loescher, Torino, 1995.

Oxford Dictionary of English (2013), 3 ed., Oxford University Press.

Tiriçá L. Caldas (1984), Dicionário Tupi – Português, Traço, São Paulo.


Full Text: pdf

Refbacks

  • There are currently no refbacks.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 3.0 Italia License.