Gramática e agramática nella poesia di Manoel de Barros: educazione linguistica ed educazione letteraria in dialogo


Abstract


AbstractQuesto contributo è mirato all’analisi della produzione poetica di Manoel de Barros nella prospettiva dell’interrelazione fra lingua, letteratura e cultura, con particolare riguardo all’integrazione fra educazione linguistica ed educazione letteraria. Il discorso poetico barrosiano si configura in funzione della stretta interdipendenza fra manipolazione della lingua ed elaborazione della poetica. Applicando la propria personale visione del mondo e della parola, Barros delinea un insieme di principi e di norme che regolano un sistema alternativo al codice linguistico banalizzato dall’uso comune. Questo linguaggio peculiare, definito dal poeta “agramática”, si fonda sulla sistematica alterazione del lessico e della sintassi attraverso procedimenti di creazione neologica e deviazioni sintattiche che generano distorsioni semantiche e potenziano il discorso barrosiano. Per mezzo della lingua, l’autore impone il capovolgimento delle gerarchie dei valori dominanti nella società per proporre un nuovo ordine. Le caratteristiche linguistiche dei testi di Manoel de Barros obbligano il lettore ad intervenire attivamente nella costruzione dei significati possibili, intraprendendo un intenso percorso di esperienza.

Keywords: Manoel de Barros; discorso poetico; agramática; educazione linguistica; educazione letteraria.

Abstract – This contribution is aimed at analyzing the poetic production of Manoel de Barros from the perspective of the interrelationship between language, literature and culture, with particular regard to the integration between linguistic education and literary education. The poetic discourse configured by Barros rests on the close interdependence between the manipulation of language and the elaboration of poetics. Applying his personal vision of the world and of the word, Barros outlines a set of principles and rules that regulate an alternative system to the linguistic code trivialized by common use. This peculiar language, defined by the poet as “agramática”, is based on the systematic alteration of lexicon and syntax through procedures of neology creation and syntactic deviations, generating semantic distortions that enhance the poet’s discourse. By means of language, the author imposes the reversal of the hierarchies of dominant values ​​in society and proposes a new order. The linguistic characteristics of Manoel de Barros’ texts force the reader to actively intervene in the construction of possible meanings, undertaking an intense journey of experience.

Keywords: Manoel de Barros; poetic discourse; agramática; language education; literary education.


DOI Code: 10.1285/i22390359v56p135

Keywords: Manoel de Barros; poetic discourse; agramática; language education; literary education.

References


ALVES, I. M. (1994). Neologismo. Criação lexical. São Paulo: Ática.

ARDISSINO, E.; STROPPA, S. (2009). La letteratura nei corsi di lingua. Dalla lettura alla creatività. Perugia: Guerra.

BAGNO, M.; RANGEL, E. de O. (2005). “Tarefas da educação linguística no Brasil”. Rev. Brasileira de Linguística Aplicada. V.5, n. 1, p. 63-81.

BALBONI, P.E. (2008). Fare educazione linguistica. Torino: UTET.

BALBONI, P.E. (2012). Le sfide di Babele. Insegnare le lingue nelle società complesse. Torino: UTET.

BALBONI, P.E.; CAON, F. (2015). La comunicazione interculturale. Venezia: Marsilio.

BALBONI, P.E. (2018). A Theoretical Framework for Language Education and Teaching. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing.

BARROS, M. de (1989). O Guardador de Águas. 1ª ed. São Paulo: Art.

BARROS, M. de (1996). Gramática Expositiva do Chão (Poesia quase toda). [1ª ed. 1990]. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

BARROS, M. de (1996). “Com o poeta Manoel de Barros”. Intervista concessa a Martha Barros per il Correio Brasiliense. In BARROS, M. de. Gramática Expositiva do Chão (Poesia quase toda). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

BARROS, M. de (2001). Matéria de poesia. [1ª ed. 1970]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2002a). Arranjos para assobios. [1ª ed. 1982]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2002b). Retrato do artista quando coisa. [1ª ed. 1998]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2003a). “Entrevista concedida a Lúcia Castello Branco e Luiz Henrique Barbosa em 9 de novembro de 1994”. In BARBOSA, L.H. Palavras do chão: Um olhar sobre a linguagem adâmica em Manoel de Barros. São Paulo/Belo Horizonte: Annablume/Fumec, p. 123-128.

BARROS, M. de (2003b). Livro de pré-coisas. [1ª ed. 1985]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2004a). Concerto a céu aberto para solos de ave. [1ª ed. 1991]. Record, Rio de Janeiro/São Paulo, 2004, 4ª ed.

BARROS, M. de (2004b). Gramática expositiva do chão. [1ª ed. 1966]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2004c). Livro sobre nada. [1ª ed. 1996]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2004d). O livro das ignorãças. [1ª ed. 1993]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2004e) Poemas rupestres. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2005a). Ensaios fotográficos. [1ª ed. 2000]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2005b). Tratado geral das grandezas do ínfimo. [1ª ed. 2001]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2005c). “A prática poética da infância”. Intervista concessa a Ana Cecilia Martins. Poesia sempre. Anno 13, n. 21 2005, p. 11-17.

BARROS, M. de (2006). Compêndio para uso dos pássaros. [1ª ed. 1960]. Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

BARROS, M. de (2010). Menino do mato. 1ª ed. São Paulo: Leya.

CAON, F.; SPALIVIERO, C. (2015). Educazione linguistica, letteraria, interculturale: intersezioni. Torino: Loescher/Bonacci.

CARDOSO (2009). “A poesia: escolha lexical e expressividade”. In: GIL, B.D.; CARDOSO, E.A.; CONDÉ, V. G. Modelos de análise linguística. São Paulo: Contexto, p. 67-78.

CARDOSO, L.C. (2012). “A língua brasileira em sua memória discursiva poética: espaço de desdobramentos”. Língua e Instrumentos Linguísticos. Campinas, n.01 jun. 2012, p. 93 - 100.

CHINES, L.; VAROTTI, C. (2001). Che cos’è un testo letterario. Roma: Carocci.

COLLIE, J.; SLATER, S. (1987). Literature in the language classroom: a Resource Book of Ideas and Activities. Cambridge: CUP.

COSSON, Rildo (2009). Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto.

COSSON, Rildo (2020). Paradigmas do ensino da literatura. São Paulo: Contexto.

CUNHA, A.G. da (1997). Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

DANIEL, Mary L. (1968). João Guimarães Rosa: travessia literária. Rio de Janeiro: Ed. Livraria José Olympio.

DEGLI ATTI, F. (2017). “Garatujei meus pássaros até a última natureza: poesia, parola e segno grafico in Concerto a céu aberto para solos de ave”. Guavira Letras. Três Lagoas/MS, n. 24, jan./jun. 2017, p. 128-143.

DI GESÙ F. (2004). “Lingua & Letteratura: il superamento dell’antico conflitto”. Em: BLINI, L.; CALVI, M. V. (Orgs.). Scrittura e conflitto. Anais da XXII Conferência AISPI: Catania-Ragusa 16-18 de maio, Instituto Cervantes, Vol. II, p. 89-97.

GARDES-TAMINE, J. (1992). La stylistique. Paris: Armand Colin

GIUSTI, S. (2018). “Le risorse della letteratura per l’insegnamento della lingua”. In: Barbara IVANČIĆ, B.; PUCCINI, P.; RODRIGO MORA, M.J.; TURCI, M (Orgs.). Il testo letterario nell’apprendimento linguistico: esperienze a confronto. Bologna: Centro di Studi Linguistico-Culturali (CeSLiC).

IAMARTINO, G. (1999). “L’innovazione lessicale nei testi letterari e nelle loro traduzioni: puntualizzazioni concettuali e indicazioni metodologiche”. Anglistica e...: metodi e percorsi comparatistici nelle lingue, culture e letterature di origine europea – Atti XVIII Convegno AIA, vol. II: G. Azzaro e M. Ulrych (Orgs.). Transiti linguistici e culturali. Trieste: E.U.T., p. 257-269.

MENDES, E. (2015). “A ideia de cultura e sua atualidade para o ensino-aprendizagem de LE/L2”. EntreLínguas, Araraquara, v.1, n.2, p.203-221, jul./dez. 2015, p. 203-221.

MENDES, E. (2011). “O português como língua de mediação cultural: por uma formação intercultural de professores e alunos de PLE”. En: MENDES, E. (Org.). Diálogos interculturais: ensino e formação em português língua estrangeira. Campinas: Pontes, 2011, p.139-158.

NEVES, M.H. de M. (2002). A gramática – história, teoria e análise, ensino. São Paulo: Editora UNESP.

NEVES, M.H. de M. (2007). “A gramática e suas interfaces”. Alfa, São Paulo, 51 (1), p. 81-98.

NEVES, M.H. de M. (2012). A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola.

NUSSBAUM, M.C. (2011). Non per profitto. Perché le democrazie hanno bisogno della cultura umanistica. Bologna: Il Mulino.

PROENÇA FILHO, D. (2007). A Linguagem Literária. São Paulo: Ática.

RODRÍGUEZ, L.M.G.; PUYAL, M. B. (2012). “Promoting Intercultural Competence through Literature in CLIL Contexts”. ATLANTIS - Journal of the Spanish Association of Anglo-American Studies, 34.2 (December 2012), p. 105-124.

SCHAEFFER, J.M. (2015). L’expérience esthétique. Paris: Gallimard.

SILVA, K. G. da (2004). “Uma análise de ‘Poemas concebidos sem pecado’, primeiro livro de Manoel de Barros”. Diário Regional, n° 40, Ituiutaba, 14/15, 08/2004, p. 8.

SOARES, M. (2011). “A escolarização da literatura infantil e juvenil”. In: EVANGELISTA, A.A.M.; BRANDÃO, H.M.B.; MACHADO, M.Z.V. (Orgs). Escolarização da leitura literária. Belo Horizonte: Autêntica.

SPALIVIERO, C. (2020). Educazione letteraria e didattica della letteratura. Venezia: Edizioni Ca’ Foscari.

TODOROV, T. (2008). La letteratura in pericolo. Milano: Garzanti.

ZACHARIAS, N. T. (2005). “Developing Intercultural Competence through Literature”. Celt, 5.1, p. 27-41.


Full Text: PDF

Refbacks

  • There are currently no refbacks.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 3.0 Italia License.