Tradição e improvisos no ensino de português no Maranhão: final do século XIX E início do século XX


Abstract


O presente estudo trata do percurso educacional, entre os séculos XIX e XX, na capital do Maranhão, tendo por enfoque o ensino de ler e escrever bem como a qualificação de profissionais para o trabalho. Nesse contexto de formação educacional e de trabalho, apresentam-se indícios sobre o livro didático brasileiro, os métodos e as práticas aplicados para o ensino a nativos e, por extensão, a estrangeiros. De acordo com os documentos consultados, os principais estabelecimentos de ensino no século XIX se situavam na capital, onde estudantes obtinham formação escolar (letramento) ou “profissionalizante” (mão de obra especializada para serviços operacionais e artísticos). Essa formação social atendia a população urbana, que desfrutava das riquezas ruralistas até meados do século XX. Em termos de classes sociais, a população distribuía-se da seguinte forma: elite ruralista – amiga do rei; trabalhadora – escrava e/ou de qualificação específica (artífices, operários de pequenos ofícios e artes). Essas diferenças de formação e de relações sociais no Maranhão eram similares aos modelos educacionais europeus, na medida em que os filhos da elite ruralista, que estudavam na Europa, exerciam práticas burguesas e que os demais estudantes frequentavam escolas e exerciam ofícios - trabalhos menos privilegiados. Nessa conjuntura de formação escolar e trabalho, ocorre a vinda de empresas nacionais e multinacionais para a capital, São Luís, as quais propiciam modificações nas relações de trabalho e de ensinoaprendizagem.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p2889

Keywords: Português variante brasileira; Material didático; Regras para a escrita

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