Da ordem da língua à ordem do discurso: a intolerânciano discurso político contemporâneo


Abstract


Em pesquisas sobre o discurso político eleitoral, observamos uma intensificação dos confrontos nas redes sociais e nas circulações midiáticas. Se nos anos de 2002 e 2006 houve uma docilização do discurso político; nas eleições de 2010 e mais especificamente de 2014 emergiram fortemente expressões de confronto e intolerância. Isso nos leva às perguntas: - Quais foram as condições de emergência de um discurso de ódio fortalecer-se nas campanhas eleitorais? O brasileiro objetivado cordial, segundo Sérgio Buarque de Holanda, ou miscigenado, conforme Gilberto Freyre, divulgador da democracia racial, tornou-se intolerante? Buscaremos nas raízes históricas dessa questão que articula cordialidade/polidez e tolerância/ intolerância algumas respostas para compreender as mutações do discurso político e as condições de emergência de um discurso de ódio no período pré e pós-eleitoral presidencial no Brasil nas últimas eleições. Para tal analisaremos enunciados produzidos por candidatos e por manifestantes em protesto, a fim de acompanhar o funcionamento do dispositivo, conforme conceito de M. Foucault, de cordialidade/ polidez e (in)tolerância.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p281

Keywords: discurso politico; cordialidade; polidez; intolerância; dispositivo

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