Memória e história na mídia: a imagem de Dilma Rousseff nas eleições de 2014 no Brasil


Abstract


A campanha presidencial de 2014 no Brasil foi consideradauma das mais efervescentes do cenário político. O primeiro turno foi marcado pelo grave acidente aéreo que vitimou o presidenciável Eduardo Campos; Já o segundo turno compreendeu as discussões calorosas que polemizaram a vida pública e pessoal dos candidatos envolvidos. Mas, dentre tantos embates vivenciados nesta "festa da democracia", o que nos chama atenção é a movência de sentidos articulada na imagem dos presidenciáveis que lideravam as pesquisas - Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Entendido como o representante da elite, Aécio ressurge como o discurso da mudança e o conservador da família patriarcal, em detrimento da candidata oponente que figurativiza os ideais dos menos favorecidos;sua imagem vem revestida por várias nuanças do dizer. Na esteira do fazer epistemológico articulado pela Análise do Discurso, sobretudo firmados nos conceitos de Foucault (2005; 2009), Courtine (1999), Burke (1992; 2000), dentre outros, nosso artigo objetiva analisar os movimentos de sentido que circularam no jornal Folha de SãoPauloe algumas redes sociais, acerca da imagem da candidata Dilma Rousseff. Veremos como se dá o processo de rememoração instaurado na história do tempo presente. Embora em alguns lugares Dilma ressurja como a personificação do mal, em outro momento sua imagem de militância parece "ignorar" o tempo para reafirmar a figura da jovem estudante, vítima dos mecanismos de vigilância e punição característicos de um regime totalitário – os anos de chumbo da ditadura militar do Brasil.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p259

Keywords: discurso; história; memória; eleições

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